sábado, 12 de janeiro de 2008

O Espírito Byroniano

Sempre apontei Byron como um exemplo prático para inspirações que nos conduzam á um ideal de grande arte ou prazer,o espelho fiel para um poeta visionário que mergulha dentro das possibilidades da vida e dos contrastes da morte e assim extrai da essência das coisa varias faces da verdade.
A dor byroniana,conflito individual do homem em profunda batalha de vida ou morte por um lugar entre os eleitos,ganha uma proporção na dimensão do universo,o ardor do entusiasmo em eterna busca pela beleza e o tédio que se vai formando quando o individuo percebe que esta perdido no turbilhão apressado dos tempos modernos,o contraste deste jogo de perdas e ganhos toma rumos inusitados quando verdadeiramente se vê inflamável de espírito e febre byroniana.
Tudo então consiste em considerar todas as tentativas de fazer a vida valer em limites humanos que são ilustrados por fantasias e sonhos que culminam em amores e prazeres mais ousados onde poucos alcançaram tamanha investida.
A busca pela liberdade plena onde os prazeres sexuais desfrutados nas orgias baquianas transportam os neófito a estados de êxtase dionisico,encontra no perfil byroniano de pensamento,um vasto campo a ser explorado,onde as possibilidades para realização das mais secretas fantasias ganha forma do real!


O espírito byroniano aspira solidão plena,mais por força precisa de boa companhia para falar a ela dessa estranha solidão,deste distanciamento natural do mundo real,onde a complexidade do comportamento humano chega no âmago do mistério.
Esta força centrada no espírito cria o prototipo de personagens que carregam em si mesmos um mar revolto de todas as paixões loucas,desenfreadas e alucinadas,onde se quer sempre mais e mais do melhor,do belo e do exotismo extravagante.
A moda Byron traduz no semblante de um rosto onde um traço Voltairiano parece rir ironicamente zombando do mundo em sua volta,numa atmosfera de melancolia onde a indiferença perante o malogro das paixões podem ser superados mudando de objetivo.
Este desafio às forças que regem o destino dos homens,este ar de réprobo à desafiar as hordas celestiais onde reina um Jeová rancoroso e vingativo pronto a condenar aos infernos,do mais humilde pecador ao mais perverso,esta postura típica dos personagens byronianos ganham então cada vez mais os gestos de rebeldia indolente!



A elegância e um orgulho individualista,traduz na excentricidade dos trajes a típica figura surgida num tempo em que ser espontâneo era sinonimo de um individuo fora dos padrões normais de comportamento humano dentro da sociedade.
O espírito byroniano possui a altivez em desafiar o destino e as forças que regem nossa ventura no mundo,sabe de ante mão que perecera,mais é capaz de fazer deste episódio um grande drama universal!
Num clima as vezes fantasmágorico,povoado de almas penadas,vultos encapulsados,visões atormentadas por seres oriundos das trevas,o personagem byroniano erra como um homem que se vê perseguido por todos os reveses de pragas e maldições e como um herói enfrenta todos os males,ate que Apollo venha coroar sua cabeça com louro da vitóriaPorém as angustias existenciais as vezes acompanhadas de profundo horror vindo do alem,tormentos de um inferno onde Satã é senhor,tudo se molda numa tortura sobre humana onde poucos conseguem sobressair e essas angustias que são formadas por queixas e duvidas somam se frustrações dos amores perdidos e impossíveis,e de tudo,deste grande amalgama de emoções humanas nasce então um vingador.Este protótipo libertador,labarum que traz em punho a espada sarracena declara guerra e desce aos campos de batalha,tem um porte mediano,coragem e ousadia e no meio de tantas investidas,resistindo ao furor das tempestades ele conquista para si somente o melhor e o mais belo ideal.

O exotismo do oriente e outro desafio em compreender a forma e a maneira do arquétipo Árabe metido em haréns repletos de escravas das mais diferentes nacionalidades e etnias,onde através do ritmo e da dança a música oriental revela no perfil de belos corpos femininos o prazer da dança do ventre,onde a serpente Lilith revela o seu poder sensual de sedução erótica.
Desta sensação extremamente diversificada,de um exotismo clássico a desafiar o comportamento ocidental,o oriente é certeiramente o tema ideal e perfeito para localizar os personagens protótipos do byronismo.
Viver intensamente,verdadeiramente,todas as emoções fortes desde as orgias,prazeres e festas,ate as lutas e guerras,os desafios tempestivo enquadra perfeitamente nesta visão universal de mundo onde o todo é fusão de todas as paixões e ambições humanas.
O espírito byroniano errante e eterno há de reviver dentro de todo aquele individuo que como próprio byron ou seus personagens protótipos aspiram liberdade plena,horizontes,mares,viagens e paixões e impregnado pelo eterno feminino encontrará em cada nova musa ou ninfa,o caminha q leva definitivamente ao culto e adoração de Vênus ou Lilith,ate que satisfeitos pelos êxtases da vida á justificativa da existência gravará no mármore polido as obras mais significativas do que compõem de fato o viver em todas as suas modalidades e expressões.
Apollo é o mediador deste perfil e o signo de Aquário é o regente desta revelação byroniana dentro do espírito humano!